PONTAL DE CACILHAS: GRANDOLA, HISTÓRIA

terça-feira, julho 11, 2006

GRANDOLA, HISTÓRIA



Não se sabe ao certo quando é que em Grândola datou a primeira ocupação humana, embora cerca de 40 estações arqueológicas do concelho testemunhem que tenha sido em tempos remotos.
Vestígios encontrados em Melides atestam actividade local durante o período do Bronze e no Lousal, durante o Megalítico.
Os romanos também deixaram as suas marcas: no perímetro da vila foram descobertas termas dessa época e a 2 quilómetros encontrada uma barragem.
Na zona de Tróia, existem as ruínas do que foi outrora um dos maiores centros conserveiros de salga de peixe.
Grândola medieval é um tema muito pouco conhecido, mas sabe-se que estava integrada na Ordem Militar de Santiago e que por volta de 1492 teria, em toda a extensão do seu território, cerca de 800 habitantes.
É também certa a dependência que a região teria em relação a Alcácer do Sal, até ao ano de 1544, quando D. João III concedeu Carta de Foral.
Na mesma época, Grândola tornou-se vila e passaram a integrar a região, além da freguesia de Grândola, as freguesias de Azinheira dos Barros, S. Mamede do Sadão e Santa Margarida da Serra.
As actividades económicas mais importantes da população eram a agricultura e a pecuária, e as actividades subsidiárias como a moagem, a produção de vinho, a olaria, a tecelagem e a caça.
Em 1890, Grândola tornou-se comarca e foi-lhe atribuída a freguesia de Melides, que integrava também no seu território Carvalhal e Tróia, registando assim uma nova delimitação territorial e administrativa.
Em termos económicos, a agricultura conseguiu prevalecer mas outras actividades marcavam presença, tais como as indústrias de cortiça e a exploração mineira em Canal Caveira (1863) e Lousal (1900).
Estes factores foram os causadores do grande crescimento económico e demográfico que se registou no concelho na transição do século XVIII para o século XIX, prolongando-se até meados do século XX.
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